Creche do papai…

ANÁLISE COMPARATIVA DO FILME A CRECHE DO PAPAI COM O PERFIL DO ADMINISTRADOR

Cada vez que o mundo dos negócios fica suficientemente complexo, esse novo e intrépido mundo corporativo será virtualmente irreconhecível e exigirá habilidades de sobrevivência totalmente diferentes.

A raiz do problema é que, enquanto o mundo dos negócios virou completamente de cabeça para baixo, a maioria das pessoas que o conduz ainda opera com base em concepções e formulas que foram elaboradas para lidar com uma era completamente diferente.

Isso é perfeitamente compreensível; a maioria dos “lideres” empresariais de hoje teve toda a educação formal e maior parte de suas experiências empresariais em um mundo que, deixou de existir.

Em meados dos anos 90, o cenário dos negócios está cheio de combatentes de guerras frias, lutando batalhas de ontem e usando o arsenal gerencial e conceitual de anteontem.

Um ponto muito importante a ser citado e que deve ser muito estudado pelos administradores do próximo milênio e a motivação e a superação dos problemas.

O que sente um administrador ao noticiar seus colaboradores, por exemplo, que por estratégias de negócio uma unidade de sua empresa será fechada e que terá que demitir a todos. Com certeza ocorrerá um sentimento de frustração enorme, pois várias famílias serão sacrificadas o com essa estratégia a empresa poderá vir a lucrar mais. Isso sem contar que o seu cargo na administração da empresa estará garantido.

Esse artigo tem o objetivo de fazer uma análise comparativa em o filme “A creche do papai” e o perfil do admnistrador

1. FILME “A CRECHE DO PAPAI”.

Segundo Fireman (2003) Eddie Murphy faz parte daquele time de atores dos quais não vale mais a pena ver um filme. O comediantezinho perdeu a graça (que nunca teve, na verdade) em trabalhos onde o roteiro ocupa papel coadjuvante. O único motivo que me fez assistir a “A Creche do Papai” foi o trailer que apresentava um menininho vestido de Flash. O personagem, um garoto que se esconde do mundo atrás de uma máscara, é uma idéia genial completamente sub aproveitada. O que poderia ser o diferencial do filme é a promessa que menos se cumpre. “A Creche do Papai” é rapidamente esquecido simplesmente porque não há nada do que lembrar.

“A Creche Do Papai” (Daddy Day Care, EUA, 2003), de Steve Carr. Com Eddie Murphy, Steve Zahn e Angelica Huston. Dois publicitários desempregados resolvem fundar uma creche e não contabilizam os problemas que vão enfrentar com crianças peraltas e criativas na arte de fazer bagunça.

2. ANÁLISE COMPARATIVA.

Segundo Marilena, (…) os homens produzem idéias ou representações pelas quais procuram explicar e compreender sua própria vida individual, social, suas relações com a natureza e com o sobrenatural. Essas idéias ou representações, no entanto, tenderão a esconder dos homens o modo real como suas relações sociais foram produzidas e a origem das formas sociais de exploração econômica e de dominação política. Para ela, é justamente esse ocultamento da realidade social que podemos chamar de Ideologia. Através dela, os homens legitimam as condições sociais de exploração e de dominação fazendo com que pareçam verdadeiras e justas.

O cinema como meio propagador de idéias políticas, econômicas e sociais, torna-se então, um veículo eficaz no doutrinamento das massas e consolidação de ideologias. Graeme Turner nos diz que nós nos identificamos com ou vemos a nós mesmos na tela. Para Metz, a natureza do ato de ir a uma sala de projeção é tal que o próprio aparato do cinema nos convida à identificação. (…)Quando é recebida como perspectiva de visão numa série de imagens projetadas, a câmera torna-se um substituto dos olhos. Segundo ele, mesmo que a câmera mostre uma série de imagens do ponto de vista da personagem do filme, ela geralmente toma a perspectiva da autoridade narradora, que identificamos como sendo o do público, ou seja, o de nós mesmos.

Graeme Turner ainda nos diz que, nos identificamos com todos os personagens em vários pontos da narrativa, uma conseqüência de vermos a tela do cinema como se fosse uma extensão de nossas vidas reais, ou seja um espelho de nós mesmos e do nosso mundo.

Necessidade provou ser o “pai” da invenção quando um roteirista entre um trabalho e outro usou suas experiências de pai como inspiração para a nova comédia familiar da Revolution Studios, A Creche do Papai (Daddy Day Care) estrelada por Eddie Murphy, Jeff Garlin, Steve Zahn, Regina King e Anjelica Huston, e uma adorável turminha de quatro anos que rouba as cenas. “Na época, eu estava em casa, cuidando do meu filho de sete meses, porque minha mulher precisou voltar ao trabalho em horário integral,” conta o escritor de A Creche do Papai (Daddy Day Care), Geoff Rodkey. “Por mais que eu o amasse, eu não queria passar todas as minhas horas do dia cuidando dele. Eu estava conversando com (o produtor) Wyck Godfrey, que também tinha crianças pequenas em casa. Decidimos que a idéia de pais cuidando de crianças era perfeita para comédia e passei o ano seguinte trabalhando nisso.”

Um dos pontos a serem abordados na situação, explica Godfrey, “é a forma como os pais brincam com os filhos quando suas esposas não estão olhando. É o caos. De certa forma, isso nos leva de volta à nossa infância.” De acordo com o produtor executivo Joe Roth, “Fora do mundo corporativo, estes pais estão fora do seu elemento, e toda sua experiência e treinamento não significam nada quando precisam lidar com um grupo descontrolado de crianças de quatro anos de idade”.

Assim como em comédias clássicas como Mr. Mom e Três Solteirões e um Bebê (Three Men and a Baby), Eddie Murphy imediatamente percebeu o potencial cômico de A Creche do Papai (Daddy Day Care). “Sempre que você pega algumas pessoas que não estão acostumados a cuidar de crianças e os vê passar pelo processo de tentar serem tão bons quanto as mães,” diz Murphy, “o humor surge naturalmente destas situações.”

E como nestes filmes, Murphy viu o potencial de uma dose genuína de ternura. “Quando Eddie aparece em um filme dedicado ao público adolescente, surge um charme que se mistura com seu estilo cômico de forma rara,” diz o produtor Davis, que trabalhou com Murphy nos filmes Dr. Dolittle. “Só uma pessoa que ama as crianças da mesma forma que Eddie, poderia fazer isso com tanta eficiência.”

“Trabalhar com crianças significa reagir, porque elas são tão espontâneas e sempre fazem o inesperado” diz Roth. “E ninguém é melhor que Eddie para reagir.”

A maior diferença entre lidar com seus próprios filhos e com as crianças do elenco, de acordo com Murphy é que “se seus filhos te deixam louco, você pode mandá-los sentar e ficar quietos,” ele ri, “mas no set você tem que negociar. Precisa negociar muito mais do que em casa.”
Mesmo no relacionamento entre Charlie e Phil e seus respectivos filhos, Murphy e Garlin fizeram contrastes, explica Carr. “O filme é sobre pais e filhos e como eles aprendem a se relacionar. O personagem de Eddie passa a maior parte do tempo atrás do Sonho Americano e às vezes esquece do filho, enquanto o personagem de Jeff se dá bem com o filho, mas tem um problema mais concreto: Não sabe trocar fraldas.”

Quando o negócio da creche começa a dar certo, Charlie e Phil precisam de mais um ajudante, Marvin (Steve Zahn) que, apesar de não ser pai, comunica-se com as crianças no mesmo nível delas. “Marvin começa como um “peixe for a d’água”, diz Carr. “Mas ele tem uma grande afinidade com crianças, talvez por ser ele próprio um tipo de criança grande, mas também porque não tem nenhuma inibição social em interagir com crianças.”

“O problema com Marvin,” acrescenta o produtor executivo Heidi Santelli, “é que ele é a versão contrária do próprio Steve. Charlie e Phil estão atrapalhados, mas quando Marvin entra para o grupo, ele mostra que as coisas não são tão complicadas assim. É só se conectar com as crianças e falar a língua delas.”

“Marvin é como uma criança grande,” diz Zahn, “sabe, aquele tipo de tio preferido. Ele olha para as crianças de igual para igual. Ele só um pouco maior e mais velho.”

“Decidi fazer tudo que é difícil para minha carreira,” brinca Steve Carr, “trabalhar com animais, efeitos visuais sofisticados, e agora, crianças. Acho que já fiz tudo. Só falta um filme de ficção com crianças de outro planeta, geradas por imagens de computador e com animais falantes.”
Entretanto, para A Creche do Papai (Daddy Day Care), a maior dificuldade foi para meia dúzia de crianças de quatro anos com papéis com falas. “As crianças são ótimas mímicas,” explica Davis, “o problema é que esta habilidade normalmente só aparece aos seis ou sete anos de idade. As crianças que precisávamos teriam que ter quatro anos ou menos e capazes de emoções variadas. Conseqüentemente, vimos milhares de crianças.”

A premissa de A Creche do Papai (Daddy Day Care) mostra a atmosfera paternal não tradicional criada por Charlie, Phil e Marvin (Como Zahn coloca, “A filosofia da Creche do Papai é sobrevier ao dia”) e o ambiente altamente estruturado da Chapman Academy, que é dirigida pela Srta. Harridan.

Para mostrar a Chapman Academy, Rodkey observou as rígidas regras que são colocadas para algumas crianças quase que desde o berço. “Muitas crianças foram forçadas muito cedo a desenvolver habilidades e se especializar,” ele observa. “Tudo gira em torno de colocá-las na universidade certa. Como resultado, crianças de quatro ou cinco anos, são sobrecarregadas com aulas de karatê, computador, línguas, etc. Achamos que teríamos algum divertimento com isso.”
Como Murphy observa, “toda criança é diferente”. Algumas precisam de mais estrutura do que outras. Mas se ele tiver que escolher entre a Chapman Academy e a Creche do Papai, “minha preferência seria uma creche como a Creche do Papai, que é mais solta e divertida.”

2.1 Perfil do Administrador

O executivo deve buscar a motivação ao encontrar um ambiente favorável, com autonomia e espaço para a iniciativa, de maneira que possa estar sempre acreditando no que faz.

Obviamente tudo isso não significa que bônus e benefícios devem ser deixados para trás. O dinheiro continua a ser um grande motivador, pois é essencial para se viver dignamente em sociedade e satisfazer nossas necessidades e nosso prazeres. Porém somente o dinheiro em si não é a ferramenta que torna a vida de uma pessoa realizada totalmente e é muito importante que não seja usado como forma de controle autoritário de uma empresa sobre seus funcionários. Existem alguns pontos que podem ser citados na busca da motivação que podem ajudar para que se obtenha êxito:
• É preciso aceitar a frustração e a dor, coisas inerentes ao se humano;
• É necessário ter paciência para aceitar a incerteza e coragem para abandonar o que já se conhecia, preparando-se para um novo cenário.
• Possuir, acima de tudo, persistência. Apesar de não existir uma receita para a busca de motivação como já foi citado anteriormente, esses pontos são cruciais para que um administrador bem preparado possa descobrir de onde tirar energia para não desistir diante de uma frustração.

Por que um executivo é vítima de frustrações e desmotivações. É simples: o acúmulo de funções que um empresário que comanda várias unidades de uma multinacional em vários países, por exemplo, faz com que se cresça o volume de estresse, o desânimo e vários problemas de saúde.
Eis aí mais um reverso da globalização, que cria maiores oportunidades de carreiras para as pessoas: a pressão e as responsabilidades aumentam cada vez mais.

Um executivo competitivo deve saber desviar-se de todos esses problemas, sempre procurando levar seus objetivos adiante, não importando o que possa vir a acontecer e deve sempre manter o entusiasmo, mesmo que sua empresa não esteja bem no mercado. Os melhores profissionais não são aqueles que levam a empresa quando ela está bem e sim aqueles que conseguem tirá-las de suas maiores crises.

BUIATI, Michele Caroline M. P. Análise Comparativa do Filme a Creche do Papai com o Perfil do Administrador. Trabalho apresentado ao Centro Universitário do Norte – UNINORTE, como avaliação da disciplina de Tópicos II como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração com Habilitação em Marketing. Professor: Prof. Mário Jorge. MANAUS: 2006.

FIREMAN, Chico. 2003. Disponível em: http://www.filmesdochico.blogger.com.br/2003. Acesso em: 02.12.2006.
CHAUÍ, Marilena. O Que é Ideologia. 38ª edição, são Paulo, Brasiliense, 1994.
TURNER, Graeme. Cinema como Prática Social. São Paulo Summus, 1997.
ASSIS, Denise. Propaganda e Cinema a Serviço do Golpe, Rio de Janeiro, FAPERJ/MAUAD, 2001.

SITE PESQUISADOS
http://www.fortalsampa.hpg.ig.com.br/cinemafortal.htm
http://adorocinema.cidadeinternet.com.br/personalidades/atores/regina-king/regina-king.htm
http://www.sonypictures.com/movies/daddydaycare/
http://www.webcine.com.br/notaspro/npcrepap.htm#